A roupa não é uma experiência apenas visual, mas também tátil, sensorial. Quando pensamos em roupas, a primeira coisa que surge na mente é o modelito a ser escolhido, depois a cor desejada, marginalizando uma característica essencial para uma boa peca do vestuário: textura! Entende-se por textura os tecidos e materiais usados na roupa e não há criação que resista sem um bom tecido, no caso que seja adequado ao modelo selecionado e principalmente harmonizando-se as formas de seu corpo. O leque de tecidos está cada vez mais amplo, tornando-se necessário conhecer o tecido antes de adquiri-lo, pois o mesmo pode ter boa aparência, mas desbota, esgaça ou encolhe e não adianta transferir a culpa ao fabricante, as propriedades dos tecidos não se alteram conforme a forma de fabricão, claro que todos exigem cuidado na sua tecelagem, porém independente de quem tecê-lo o cetim sempre será fácil de puxar fio, o cotele sempre vai encher de bolinha, entre outras centenas de tecidos que poderiam ser citados aqui, tecidos não fogem a regra de possuir dois lados, qualidades e defeitos.
Ame seu corpo o suficiente para respeitar suas formas, e usar o tecido a favor das partes que deseja disfarçar ou realçar, o tecido consegue atingir essa proeza facilmente quando bem selecionado para determinada finalidade, por exemplo, quando procuramos enfatizar determinada região do corpo, usamos drapeados, plissados e/ou pregas, causando amplidão dando a impressão de volume, do contrario, se quiser estreitar ou diminuir é aconselhável tecidos escuros e lisos. Quanto às cores, cause impacto em relação ao tom de pele, as claras clamam por cores fortes, e peles mais coradas ficam mais bem assentadas com tons claros, essa dica fica nítida quando observamos uma loira vestindo preto ou uma morena usando branco. A moda assim como a vida, não foge a contradição de complexidade x simplicidade, pode parecer difícil segui-la porém os poucos segredos são simples.
Ketelen Kaessa Dalla Costa
